segunda-feira, 31 de maio de 2010
Comentário à simulação
Para explicar o que foi a simulação, vamos recuar até ao princípio deste projecto, quando uma das ideias que tivemos foi realizar alguns vídeos com manobras de socorrismo para publicar no blogue. Quando o fim se aproximou, decidimos que o projecto precisava de algo mais divertido, ainda que todo o processo tenha sido engraçado, e inspirámo-nos nesta ideia dos vídeos: e se, em vez de vários vídeos com manobras, condenssássemos tudo numa simulação de um acidente.Para alcançar este fim, pedimos ajuda a vários colegas nossos e deitámos mãos à obra.
Foi uma experiência divertidíssima!! Adorámos cada segundo, apesar de ter sido um vídeo bastante amador. A maquilhagem estava tão realista que uma rapariga que por ali passava veio a correr numa gritaria de “já chamei o 112!!” que nos deixou a todos perdidos de riso. As condições atmosféricas não ajudaram nada, uma vez que no princípio do vídeo esta um sol radioso e, supostamente, três segundo depois, está a chover a potes.
Vamos publicar a simulação o mais breve possível, por isso, palavras para quê?
Esperamos que gostem e se divirtam.
Até sempre,
Bárbara e Joana
Comentário à aula dos Professores
Apesar do título ser no singular, as aulas agendadas foram duas. Isto acontece poruqe, apesar de se terem comprometido connosco, os professores que marcaram para a primeira aula nao apareceram. Esperámos meia hora, sempre de boa fé, mas desistimos e ficámos super desanimadas e desmotivadas.
Achámos que era importante manter a cabeça no lugar e por isso decidimos concentrar-nos na segunda aula e esperar apenas que não se repetisse a façanha. Assim foi e, contrariamente a todas as expectativas, vieram vários professores e funcionários, cujos feedbacks foram espectaculares. Uma professora de Ciências Naturais até achou que éramos da área de Ciências!
Fomos muito elogiadas e adorámos a experiência, que acabou por atenuar a desilusão da primeira tentativa.
Esperamos ter oportunidade para repetir, ainda que o projecto tenha acabado.
Até sempre,
Bárbara e Joana
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Comentário à Aula aos alunos
Abordámos vários temas como o SIEM, ESTRELA DA VIDA e HEMORRAGIAS. Tínhamos planeado falar de queimaduras mas não tivemos tempo suficiente.
A meio das HEMORRAGIAS, uma rapariga sentiu-se mal por causa das nossas descrições e imagens e ficou inconsciente durante alguns segundos. Fomos rapidamente em seu socorro, tudo acabou bem e acabámos por poder mostrar os nossos conhecimentos em acção.
Retomámos a apresentação e, na hora de sair, os nossos queridos alunos entregaram-nos um presente: um caderno de notas, uma caneta e um postal de agradecimento feito à mão. Sentimo-nos muito bem-vindas e adorámos a experiência, até porque pudemos dar uma aula divertida e descontraída sem nos preocuparmos com as confusões que os alunos pudessem arranjar.
Ao Carlos que foi um óptimo fotógrafo e à professora Filipa, que nos incentivou a dar esta aula, agradecemos imenso. Um obrigada especial para os alunos do 9º 5ª, que por serem tão divertidos e simpáticos, tornaram o nosso trabalho mil vezes mais fácil.
Esperemos que nunca tenham de usar o que aprenderam.
Até sempre,
Bárbara e Joana
terça-feira, 25 de maio de 2010
Acidente Vascular Cerebral
Um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma situação de início brusco ou progressivo que corresponde ao aparecimento de sintomas neurológicos causados pela interrupção de circulação sanguínea no cérebro, com o consequente défice de oxigenação das células cerebrais.
A vítima fica privada temporariamente ou definitivamente das suas capacidades pois:
• Todas as células necessitam de oxigénio para sobreviver;
• As células nervosas não se regeneram (alguns estudos apontam para algumas excepções);
• O cérebro controla a memória, a fala, os movimentos, o equilíbrio interno do organismo, entre muitas outras tarefas.
Sinais e Sintomas do AVC:
• Disartria ou Afasia (dificuldade ou ausência da fala);
• Hemiparésia ou Hemiplegia (paralisia ou perda de sensibilidade que afecta um lado do corpo);
• Desvio da comissura labial ("boca de lado");
• Alteração do estado de consciência com desorientação e/ou agitação que pode evoluir para a inconsciência;
• Alteração do estado das pupilas;
• Incontinência de esfíncteres;
• Náuseas e vómitos;
• Convulsões;
• Hipertermia;
• Parestesia (sensação de formigueiro);
• Cefaleias (dor de cabeça).
Cuidados de Emergência no AVC:
• Manter uma atitude calma;
• Acalmar a vítima;
• Avaliar e registar os sinais vitais;
• Não dar nada a beber ou comer;
• Manter vigilância apertada;
• Vítima em decúbito dorsal com a cabeça a 30° mantendo a via aérea permeável;
• Se houver risco de vómito colocar em decúbito lateral para o lado oposto à hemiparésia.
EM TODAS AS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA, DEVE LIGAR PARA O 112, FICANDO JUNTO DA VÍTIMA PARA QUE POSSA RESPONDER ÀS QUESTÕES QUE VÃO SER COLOCADAS.
Dor Torácica
A Dor torácica representa uma situação em que o miocárdio não está a receber a quantidade de oxigénio suficiente para as suas necessidades do momento.
Normalmente esta situação deve-se a:
• Aumento das necessidades de oxigénio: Aumento do consumo, como durante um esforço ou uma emoção.
• Diminuição do aporte de sangue ao miocárdio: Deve-se normalmente a uma doença chamada Aterosclerose (doença inflamatória crónica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos) que provoca diminuição do diâmetro e perda de elasticidade dos vasos.
Estes dois factores conduzem a:
• Diminuição do volume de sangue por diminuição do diâmetro da artéria;
• Aumento da pressão dentro das artérias.
Angina de Peito (AP):
A AP é uma dor no peito devida ao baixo abastecimento de oxigénio (Oz) ao músculo cardíaco. Sempre que aumentam as necessidades de O2 pelo miocárdio surge um quadro de dor. Normalmente o aumento da necessidade de 02 está associado a um esforço físico ou emoção.
Sinais e Sintomas da AP
Desconforto (mais habitual) ou dor no peito; o desconforto é habitualmente descrito como pressão, peso, aperto, ardor, ou sensação de choque. A dor de angina pode ser localizada principalmente no centro do peito, costas, pescoço, queixo ou ombros. A irradiação da dor ocorre, tipicamente, para os braços (esquerdo principalmente), ombros e pescoço. A angina tem normalmente factor desencadeante que pode ser excesso de stress emocional, esforço físico, uma refeição farta e temperaturas frias. A dor pode ser acompanhada por suores e náuseas em alguns casos.
Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM):
O EAM, popularmente conhecido como ataque cardíaco, é o processo de morte (necrose Fig.31) de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigénio. Normalmente esta situação deve-se a uma obstrução total ou quase total da coronária.
Sinais e Sintomas do EAM:
• Dor no peito que pode não ter factor desencadeante;
• Dor:
-Geralmente de duração prolongada;
-Tipo pressão ou aperto;
-Irradiação para o pescoço, mandíbula, braço ou mão.
• Raramente alivia com a eliminação do factor desencadeante, caso exista;
• Tem uma duração prolongada, muitas vezes só aliviando com a instituição de tratamento médico;
• Medo e apreensão;
• Dificuldade respiratória;
• Pulso rápido e fraco;
• Pele pálida, húmida e viscosa;
• Náuseas e vómitos;
• Perda de consciência.
Cuidados de Emergência na Dor Torácica:
• Manter uma atitude calma e segura;
• Manter um ambiente calmo e evitar que a vítima faça esforços;
• Posicionar da forma mais confortável;
• Manter a temperatura corporal;
• Não dar nada a beber;
• Avaliar e registar os sinais vitais;
• Recolher o máximo de informação;
• Manter vigilância apertada dos sinais vitais e evolução da sintomatologia.
Alterações da Glicémia
Definição de Glicémia
Ao nível de açúcar no sangue dá-se o nome de Glicémia.
Hiperglicémia: resulta habitualmente da insuficiente quantidade de insulina no organismo produzida pelo pâncreas. Dizemos que estamos perante uma Hiperglicémia quando avaliamos uma glicémia capilar superior a 200mg/dl. A sua instalação é normalmente lenta e progressiva.
Hipoglicémia: resulta da baixa acentuada do nível de açúcar no sangue. Considera-se que estamos perante uma hipoglicémia quando o valor avaliado é abaixo dos 50mg/dl. A sua evolução é normalmente rápida e súbita.
Sinais e Sintomas da Hiperglicémia:
• Sonolência;
• Confusão mental;
• Aumento da frequência ventilatória;
• Náuseas e Vómitos;
• Fraqueza muscular e tonturas;
• Pele avermelhada e seca;
• Sensação de sede;
• Hálito cetónico, adocicado ou a maçã verde;
• Desorientação que poderá evoluir para a inconsciência (coma hiperglicémico).
Cuidados de Emergência numa Hiperglicémia:
• Manter uma atitude calma e segura;
• Determinar a glicémia capilar;
• Verificar e registar os sinais vitais (tendo especial atenção às características da respiração);
• Prosseguir com o exame da vítima, com o objectivo de recolher o máximo de informação;
• Manter a vigilância dos sinais vitais e evolução do estado de consciência.
Sinais e Sintomas da Hipoglicémia:
• Ansiedade, irritabilidade e mesmo agitação;
• Pulso rápido e fraco;
• Pele pálida, húmida e sudorese;
• Fraqueza muscular;
• Sensação de fome;
• Tonturas, náuseas e dor abdominal;
• Tremores ou convulsões;
• Desorientação, confusão mental, perda de consciência (coma hipoglicémico).
Cuidados de Emergência numa Hipoglicémia:
• Manter uma atitude calma e segura;
• Determinar a glicémia capilar;
• Se a glicémia for inferior a 50mg/dl, deve:
Vítima consciente: administrar água com açúcar em pequenas quantidades mas frequentes;
Vítima inconsciente: PLS e administrar papa açucarada nas mucosas da face (bochecha).
Convulsões
Denomina-se crise convulsiva, à contracção involuntária de alguns grupos musculares ocasionada por um aumento da actividade eléctrica numa determinada região cerebral.
São variadas as situações que podem estar na origem de crises convulsivas, nomeadamente:
• Epilepsia (causa mais frequente);
• Traumatismo crânio - encefálico (TCE);
• Acidente Vascular Cerebral (AVC);
• Hipertermia;
• Hipoglicémia;
• Intoxicações;
• Lesões cerebrais tais como cancro.
Epilepsia
A epilepsia é a causa mais frequente na origem das crises convulsivas. No entanto existem situações em que não existe convulsão podendo assim caracterizar-se as crises epilépticas da seguinte forma:
• Não convulsiva (ou crise de pequeno mal) - Caracteriza-se por uma ausência breve, olhar fixo e um tremor palpebral, não reagindo à voz ou a qualquer outro estímulo.
• Convulsiva (ou crise de grande mal) - Caracterizada por contracções musculares descoordenadas, perda de consciência e frequentemente acompanhada de incontinência de esfíncteres.
Sinais e sintomas:
Muitas das vítimas epilépticas têm uma chamada aura, ou pré-aviso. Algumas vítimas, antes da crise, referem um cheiro, luzes, etc. Podem ainda referir ou apresentar:
• Cefaleias;
• Náuseas;
• Ranger dos dentes.
A aura é uma característica individual no epiléptico, no entanto, não se pode generalizar como um sintoma comum a todas as crises convulsivas.
A crise convulsiva decorre normalmente de acordo com a sequência que se segue:
1. Por vezes um grito violento;
2. Um rodar de olhos para cima;
3. Perda de consciência à qual se segue uma queda violenta;
4. Devido aos períodos de apneia que ocorrem durante a crise convulsiva, poderá surgir cianose labial;
5. O cerrar violento dos dentes dá origem, por vezes, à mordedura da língua. A língua pode também fazer convulsão, o que, em conjunto com o aumento da salivação, provoca o "espumar" pela boca muitas vezes acompanhado com sangue resultante da mordedura da língua;
6. Ocorre frequentemente incontinência de esfíncteres;
7. Ao recuperar da crise, a vítima apresenta-se no início prostrada evoluindo para a apatia, agitação e confusão.
Cuidados de emergência Durante a convulsão:
• Evitar traumatismos associados, desviando objectos;
• Proteger extremidades e crânio da vítima;
• Nunca tentar segurar a vítima ou contrariar as contracções;
• Não forçar a abertura da boca ou a colocação de qualquer objecto nesta, durante a emulsão;
• Desapertar roupas justas, nomeadamente gravata, colarinho, cinto, etc.
• Esperar que a convulsão pare;
• Apesar de «toante a crise a vítima poder efectuar períodos de apneia, não se deve fazer ventilação artificial (insuflações).
Após a convulsão:
A vítima vai ficar inconsciente, como se estivesse num sono profundo, recuperando gradualmente a consciência, apresentando-se inicialmente desorientada no tempo e no espaço.
Deverá então:
• Colocar a vítima em PLS (Posição Lateral de Segurança);
• Actuar em conformidade com os traumatismos associados;
• Manter vigilância apertada.